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Dono de loja de Porto Alegre é indiciado por homicídio culposo após queda de elevador matar funcionária

05/07/2019 - 10h53min

A polícia indiciou por homicídio culposo o dono de uma loja de Porto Alegre, onde uma funcionária morreu após a queda de um elevador de carga. O caso aconteceu em novembro de 2018 no bairro Restinga. Nesta semana, o inquérito foi remetido à Justiça.

De acordo com o delegado responsável, Sílvio Kist Huppes, da 16ª Delegacia de Polícia, houve negligência por parte do proprietário, já que o elevador não atendia as exigências técnicas de segurança.

“Depoimentos de funcionários deram conta de que o elevador seguidamente apresentava problemas, inclusive já havia despencado anteriormente, e seguia sendo usado”, ressalta Huppes.

O elevador seria destinado apenas para transporte de mercadoria, mas, segundo o delegado, os empregados precisavam entrar nele para fazer o carregar e descarregar os materiais.

Foi justamente em uma situação como essa que a funcionária, de 27 anos, acabou morrendo. O elevador despencou do terceiro andar quando ela entrou para pegar um produto.

“Nessa ocasião, ela não estava andando no elevador”, reforça o delegado.

A investigação policial também foi baseada em laudos do Departamento de Criminalística, que analisou o funcionamento do elevador, e do Ministério do Trabalho (MT).

Um dia depois da queda, técnicos do então Ministério do Trabalho estiveram no local e constataram que o equipamento não poderia estar funcionando, por uma série de irregularidades, além de apresentar risco de acidentes. Na ocasião, o elevador foi interditado.

“Os dois concluíram pela precariedade do equipamento. Não era um elevador produzido por uma empresa capacitada”, afirma o delegado.

Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, que informou que a empresa não solicitou o levantamento da interdição até esta quinta (4) e que, portanto, o elevador segue impossibilitado de ser usado.

Fonte: G1

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