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Funcionários dos Correios iniciam greve nesta segunda

13/03/2018 - 10h55min

Os problemas relacionados à entrega de correspondências tendem a se agravar no Rio Grande do Sul a partir desta segunda-feira (12). Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) dão início a uma greve por tempo indeterminado.

Segundo o sindicato que representa a categoria no Estado, um acordo coletivo que trata do plano de saúde, firmado no ano passado, estaria sendo quebrado. O secretário de imprensa e divulgação da entidade, João Augusto de Moraes Gomes, afirma que os trabalhadores estariam sendo penalizados.

“O objetivo final é fazer com que os trabalhadores dos Correios paguem mensalidade e coparticipação no plano de saúde, e evidentemente os trabalhadores são contra a esta situação, tendo em vista que o plano de saúde ao longo da história da categoria foi uma conquista, inclusive aceitando valores salariais mais baixos” afirma.

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho aprecia, na tarde desta segunda-feira, uma ação movida pelos Correios a respeito do assunto.

Na visão do dirigente sindical, João Augusto, apesar de a greve ter grande relação com as possíveis alterações no plano de saúde, a categoria também se mobiliza para que mais pessoas sejam contratadas para o setor. Segundo o SINTECT-RS, só no Estado, faltariam 1,3 mil trabalhadores.

“O acúmulo de correspondência que está tendo nos setores de trabalho, o acumulo de encomendas, o atraso dessas entregas lá na ponta para o cidadão brasileiro é fato. Mas é fato a partir do déficit de pessoal, da não contratação de trabalhadores”, aponta o dirigente sindical.

Os sindicatos que representam funcionários dos Correios no país aguardam o resultado do julgamento pelo Tribunal Superior Trabalho sobre o plano de saúde. Uma nova assembleia da categoria está marcada para as 15h desta segunda-feira.

Por meio de nota, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos afirmou que, apesar de a greve ser um direito do trabalhador, a mobilização estaria servindo, neste momento, apenas para piorar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios. Não só a estatal seria afetada, mas os próprios empregados.

A empresa ressaltou, no comunicado, que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas “no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos”.

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