Geral
Impacto da paralisação dos caminhoneiros na economia
Por Sérgio Luiz Scarpato
Não é objetivo aqui fazer qualquer juízo de valor sobre a greve dos caminhoneiros, mas sim, alguns dos seus impactos na economia brasileira e no bolso das famílias.
Conforme o Diretor Executivo do Reclame Aqui, Edu Neves já existem algumas reclamações, mas os clientes se mostram cientes de que a paralisação dos caminhoneiros está afetando as entregas.
Algumas empresas também, como medidas preventivas, estão avisando seus clientes de que a paralisação está afetando a normalidade das operações.
A expectativa é de que o impacto vai durar por uns 60 dias. É muito difícil que a parte logística esteja normalizada em menos de 10 dias, é uma bola de neve, o problema será sistêmico, afetando principalmente o comércio eletrônico e as entregas de curto prazo.
Informações das tradicionais redes varejistas e de comércio eletrônico, indicam que apenas 10% dos produtos estão conseguindo escoamento normal. Isso vai causar um acumulo muito grande e uma demora significativa para a normalização.
O desafio das empresas, conforme o executivo, é conseguir resolver o máximo possível das entregas logo no início da normalização da situação, enquanto os clientes ainda estão cientes do impacto da greve, uma vez que depois de algum tempo será mais difícil convencer os clientes de que os atrasos são decorrentes de um efeito em cascata por causa da paralisação.
No caso do varejo físico, a paralisação dos caminhoneiros já compromete a reposição de produtos, especialmente perecíveis, nas prateleiras de lojas e supermercados do país, sem considerar o foco principal que é o desabastecimento de combustíveis, transportados pelo modal rodoviário, que transformou-se rapidamente num caos e demostrou a fragilidade do sistema de distribuição, concentrado praticamente apenas neste modal.