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Mesmo com questão cultural, atropelamentos em faixas seguem em Ivoti
Ivoti – A cada atropelamento registrado em uma via importante do município há o questionamento de algo considerado cultural: a parada do veículo em faixas de segurança no momento em que o pedestre inicia a travessia ou durante sua passagem.
Parece algo trivial e, de fato, deveria ser seguido pela totalidade dos motoristas, conforme as regras de direção defensiva. Um dos mais recentes envolveu mãe e filha, atingidas durante a travessia na faixa na segunda-feira, 5, na Avenida Presidente Lucena com a rua Anchieta, no bairro Harmonia. Ambas tiveram ferimentos leves.
Rememorar ao menos uma ocorrência é fácil para quem transita ou acompanha o dia a dia urbano. Porém, quem anda a pé ou de carro divide o mesmo trânsito, tem as mesmas responsabilidades nestes casos e, portanto, a mesma parcela de culpa.
Iluminação
“O pedestre não cuida. Ele tem o direito de atravessar na faixa, mas muitos simplesmente entram e não cuidam. Assim como os veículos: a velocidade aqui na Presidente Lucena é 40 km/h. Se todos seguissem este limite, existiriam atropelamentos e acidentes?”, questiona o diretor de Trânsito do município, Dionimar Kappaun.
Há quem responsabilize também a iluminação pública (ou a falta dela) como fator de causa destas ocorrências. Sobre isso, Kappaun afirma que a compra e instalação de olhos de gatos, ou tachões, tem sido feita especialmente para evitar atropelamentos à noite. As faixas, também segundo ele, são seguidamente repintadas para melhor demarcação.
Outras ocorrências no mesmo trecho
Neste ano, o Diário já listou outros acidentes na mesma via. No dia 13 de maio, por pouco a vítima não foi uma família que atravessava a faixa da mesma Av. Presidente Lucena e a rua Anchieta. Um veículo parou para a travessia de um casal, acompanhado de uma criança, porém, uma caminhonete que vinha atrás não conseguiu parar e colidiu no primeiro.
Dez dias antes, uma mulher de 48 anos foi atingida na Presidente Lucena, no bairro Harmonia. Em 26 de abril, o condutor de outro veículo parou para permitir a passagem de um pedestre, quando o automóvel foi atingido na traseira.
O acidente mais grave de todos foi na noite chuvosa de 13 de maio de 2017. Na ocasião, o advogado Aldivan de Camargo morreu após ser atropelado sobre uma faixa desta Avenida. “Não é segredo que temos este problema, mas estamos tentando resolver com a iluminação em LED. Mas a maioria acontece durante o dia, onde todos enxergam todos”, diz Kappaun.