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Movimentos sociais preparam protestos contra o Carrefour, que se pronuncia
Porto Alegre – O caso que chocou o Estado na noite desta quinta-feira, 20, terá ainda muitos desdobramentos. Após um homem ser espancado até a morte por dois seguranças do Hipermercado Carrefour, localizado no bairro Passo D´Areia, movimentos sociais da região devem tomar o entorno do mercado, para uma série de manifestações de repúdio pela morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos.
Os movimentos intitulados “Bonde da Zona Norte”, Movimento Negro, Associação dos Moradores do IAPI, bairro onde residia Nego Beto – como era conhecido – já se organizam via redes sociais para tomar as avenidas Assis Brasil e Plínio Brasil Milano na tarde de hoje. As razões do espancamento ainda não estão claras e os dois seguranças envolvidos estão presos e devem ser acusados por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
De acordo com o delegado plantonista Leandro Badoia, da Delegacia de Homicídios da Capital, ambos os envolvidos com o crime ficaram em silêncio no depoimento. Informações preliminares indicam que Beto discutiu com uma operadora de Caixa de forma agressiva, levando a funcionária a chamar a segurança, que escoltou o homem até o estacionamento.
Revoltado com a situação, o cliente seguiu discutindo com os funcionários quando foi agredido. Ele estava na companhia da esposa, mas ela não presenciou as agressões. Ainda são esperados os laudos da perícia, para confirmar a causa da morte, e mais imagens do mercado para o indiciamento.
Carrefour lança nota
Horas após o incidente violento, a empresa se manifestou através de suas redes oficiais com uma nota de pesar, classificando o episódio como “brutal” e anunciando o fechamento da unidade por tempo indeterminado. Confira nota na íntegra: