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Nesta segunda-feira a região da encosta da serra poderá observar um fenômeno astronômico raro
Na noite desta segunda-feira (18), um fenômeno astronômico incomum poderá ser observado por moradores de determinadas regiões do Rio Grande do Sul. Trata-se da ocultação de uma estrela brilhante por um asteroide.
De acordo com o astrônomo Luiz Augusto da Silva, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é relativamente comum que asteroides passem em frente a estrelas, ocultando-as por um breve período de tempo. Entretanto, quando um deles oculta uma estrela brilhante, o evento pode ser considerado raro.
— É raro no sentido de que envolve uma estrela brilhante, que pode facilmente ser vista a olho nu. Aqui na nossa região, por exemplo, o evento semelhante mais recente de que se tem registro ocorreu em 1982, na estrela Beta, da constelação de Auriga, que é menos brilhante do que essa da próxima segunda — explica o professor.
Em 18 de março, entre 20h e 20h30min – com maior probabilidade de ocorrer às 20h14min –, o asteroide Cori ocultará a estrela Regulus, ou Alpha Leonis, a mais brilhante da constelação de Leão. Por ser a 21ª estrela mais brilhante de todo o céu, não haverá dificuldade para localizar Regulus a olho nu.
O fenômeno só poderá ser visto dentro de uma faixa geográfica estreita, que corta o Estado no sentido Leste-Oeste, passando por Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor e Dois Irmãos.
Como será o fenômeno e o que poderá ser visto
Será possível enxergar um breve “apagão” da estrela. A duração, por depender do tamanho do asteroide e da velocidade de seu movimento – Cori é pequeno, um pedregulho espacial com apenas 15 km de diâmetro –, será bem curta, de apenas 1,5 segundo, no máximo.
Como visualizar a ocultação da estrela
Aqueles que desejarem conferir o evento não terão dificuldade para encontrar a estrela. Basta olhar para a direção nordeste, cerca de 30° acima do horizonte. Ela estará situada a 3,5° da Lua crescente – meio grau é equivalente ao diâmetro aparente do satélite. Recomenda-se, ainda, o uso de um binóculo, para que seja possível manter apenas a estrela no campo de visão, evitando que se enxergue também o brilho da Lua.
— No dia do evento, a Lua vai estar praticamente do lado dela. Sendo assim, até quem não entende do assunto poderá facilmente localizar a estrela — afirma Silva.