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Polícia encontra livro de ritual satânico com delegado

19/03/2018 - 09h24min

Novo Hamburgo – A Corregedoria da Polícia Civil informou que encontrou na casa do delegado Moacir Fermino um livro que trata sobre rituais satânicos. O livro foi apreendido durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de Moacir Fermino autorizado pela Justiça. A polícia revelou ainda uma mensagem recebida pelo delegado de uma das testemunhas corrompidas. Na mensagem, a testemunha disse: “uma parte da missão está cumprida. Vai ter o depoimento que faz a ligação dos 7 discipulos”. Para a polícia, a mensagem é clara. O delegado exigiu da testemunha que encontrasse uma segunda pessoa para depor no caso e que afirmasse existir relação entre os supostos investigados.RESULTADODurante a investigação, a Corregedoria da Polícia cumpriu sete mandados de busca e apreensão e apreendeu celulares, computadores e documentos. Além disso, pediu a prisão de uma pessoa. Durante a fase investigatória, cinco pessoas foram afastadas e uma inspeção foi realizada na 2ª Delegacia de Polícia (Delegacia de Homicídios) de Novo Hamburgo. Ao todo, 25 pessoas foram ouvidas pela Corregedoria.CASOA Polícia Civil corta na própria pele e conclui o inquérito policial que investigava o delegado que declarou ter esclarecido a morte de duas crianças através de uma “revelação divina” indiciando Moacir Fermino. Para a Corregedoria da Polícia, o delegado corrompeu testemunhas para darem declarações falsas para sustentar o inquérito policial contra empresários de Novo Hamburgo e um líder de uma seita de Gravataí. Além disso, o delegado foi indiciado por falsidade ideológica. Além de Fermino, um outro policial e uma das testemunhas corrompidas – que inclusive foi presa após revelar que mentiu sobre o caso – foram indiciadas pelos mesmos crimes. O delegado era substituto na Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo quando assumiu o inquérito que investigava a morte de duas crianças que supostamente teriam sido mortas durante um ritual satânico. Inicialmente, a Polícia divulgou que o caso teria sido encomendado por empresários de Novo Hamburgo para ter prosperidade nos negócios do ramo imobiliário. Eles teriam contratado um bruxo de Gravataí para realizar o serviço.Depois da divulgação do caso e da decretação da prisão de sete acusados, as três testemunhas chaves do inquérito voltaram atrás e informaram que foram coagidas e ameaçadas a mentir para sustentar a tese investigativa.

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