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Projeto visa unir forças entre a comunidade hervalense e a Polícia
Por Cleiton Zimer
Santa Maria do Herval – A partir do ano que vem o Consepro dará o ponta pé inicial ao projeto Amigos e Colaboradores da Segurança Pública que tem por objetivo juntar forças entre a comunidade e a polícia, tanto Brigada Militar como Civil. De acordo com o representante Darci Staudt, que atua em conjunto com a presidente Iara Staudt, sua esposa, o projeto surge em torno da necessidade de manter o bom funcionamento das guarnições. “A ideia é simples. A partir de 2021 vamos criar uma conta no banco e cada eleitor do município está convidado a contribuir com R$ 10 ao ano. Também colocaremos outros pontos à disposição, para quem não trabalha com o sistema bancário”, disse Darci.
De acordo com ele, se cada eleitor contribuir com essa quantia anualmente o município poderá se beneficiar de uma camionete nova para a Brigada Militar há cada dois anos, por exemplo, tendo em vista que conseguem adquirir veículos isentos de impostos para a segurança pública, ou seja, quase pela metade do preço. Claro, as doações também irão de encontro às demais necessidades do setor de segurança. Tanto a arrecadação obtida, como os serviços executados a partir da ajudada da comunidade serão claramente expostos através da prestação de contas aos hervalenses. “Sabemos que nem todos os eleitores tem R$ 10 para contribuir por ano, e entendemos isso. Mas convidamos os que podem a fazer parte desse projeto pois é em benefício de todos”.
Prejuízo de R$ 28 mil
Darci, que foi o primeiro presidente da entidade quando o Sargento Martins veio para o município, disse que é de suma importância o apoio da população para a afetiva manutenção do setor de segurança que hoje conta com oito policiais, sendo seis da BM e dois da Civil. “Estamos muito bem aqui no município comparado à outras cidades. Entretanto, somente esse ano já perdemos cerca de R$ 28 mil comparado a outros períodos”, disse. Segundo ele sempre que há algum evento, como festas, bailes, futebol, os organizadores doam de forma espontânea um valor para a segurança e, através disso, o Consepro consegue angariar fundos e fazer as respectivas aquisições e manutenções. Mas, esse ano, como tudo foi cancelado, a segurança pública também foi prejudicada.
Carros
Darci citou o exemplo dos veículos pois, hoje, é uma das principais demandas para a Brigada Militar. Atualmente, contam com duas Palio Weekend; tinham uma camionete, mas foi levada embora. “Não tinha mais como investir nela, estava dando problema toda hora”, disse Darci. Outro ponto é a aquisição de novos celulares, mais modernos; segundo Darci, hoje contam com aparelhos antigos o que dificulta um pouco a comunicação.
Investimento para a população
Darci, assim como Iara, contam que fazem o trabalho voluntário frente ao Consepro pois enxergam a necessidade da constante manutenção na segurança. No mais recente mandato Darci estava à frente do Conselho desde 2016, reassumindo em 2018. Agora, como esteve por dois mandatos consecutivos não pode ocupar o cargo de presidente e, como não houve outros interessados sua esposa o assumiu. “Eu penso que segurança, assim como o setor da saúde, são fundamentais. Tomara que a gente nunca precise, mas, se precisarmos, que esteja lá, disponível para nós, pois pode ser a diferença entre a vida e a morte”, disse.
A presidente Iara ressalta que o projeto Amigos e Colaboradores da Segurança Pública é importante e que “o pouco de muitos trará resultados para todos”.
Proerd
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) formou 65 crianças no ano passado. Muito bem visto pela comunidade, o curso é dado aos jovens pela Brigada Militar e aborda questões importantes, que precisam ser tratadas ainda na juventude como forma de prepará-los para os desafios da sociedade.
Ampliação de espaço
No ano passado a Polícia Civil, através do Consepro, foi beneficiada com a ampliação de estrutura e aquisição de materiais. Hoje, conta com duas salas para atendimento das ocorrências e um espaço para recepção. Até então, tinha somente uma sala o que dificultava o trabalho da polícia principalmente quando tinha mais de uma ocorrência ou, então, quando duas partes de uma ocorrência se apresentavam no local.
De acordo com o agente Victor Guarda de Almeida, que trabalha há quase dois anos no município junto com o colega Gerônimo, dessa forma há mais privacidade para a população.