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Saiba como Ivoti virou um depósito de lixo a céu aberto
Ivoti – É por conta do descaso de 10 anos cometido por duas administrações que hoje quem anda pelas ruas de Ivoti encontra montes e mais montes de galhos amontoados, tomando conta das calçadas e invadindo a via. A equipe do Diário percorreu 62 ruas e avenidas e contabilizou 211 pontos de descarte de restos de podas e entulho.
A coleta de galhos foi interrompida no dia 18 de julho do ano passado, quando a então prefeita Maria de Lourdes Bauermann foi notificada pelo Ministério Público para que sanasse o passivo de milhares de cargas de resíduos, acumuladas no Centro de Educação Ambiental de Ivoti (Ceami). Sem ter para onde levar o material, optou-se por interromper a coleta. Hoje a interrupção completa 10 meses hoje.
O recolhimento dos restos de podas e limpezas de terrenos sempre foi feito pelas administrações municipais, porém, o problema se agravou quando, nas últimas administrações dos prefeitos Maria de Lourdes Bauermann e Arnaldo Kney, que estiveram à frente do Executivo nos últimos 10 anos, o material era apenas depositado no Ceami, tornando o local um “lixão a céu aberto”. O desinteresse em solucionar o impasse seguiu até o início deste ano.
SOLUÇÃO SE APROXIMA
Desde que assumiu, o prefeito Martin César Kalkmann deu andamento a processos para resolver definitivamente o problema. Cerca de 70% do passivo existente no Ceami já foi destinado a agricultores do município, que utilizam a matéria como adubo. A compra de um triturador também já foi providenciada. A licitação ocorreu na sexta-feira passada e, a partir do momento em que for assinado o contrato, a empresa vencedora terá 60 dias para a entrega do equipamento. Com isso o recolhimento será retomado conforme um cronograma e após os resíduos serem triturados, serão encaminhados para agricultores utilizarem como adubo. O valor do maquinário deve chegar a R$ 290 mil.
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