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Sérgio Luiz Scarpato: Crédito muito caro
Quando usamos o crédito, estamos usando dinheiro dos outros, e aí é importante saber que estamos realizando um sonho de consumo com dinheiro dos outros.
Respeitar o limite do orçamento e não o do cartão. Vale bater mais uma vez na tecla de que crédito disponível não é sinônimo de crédito grátis. Você vai usar o dinheiro e, mesmo que demore 45 dias, quando a fatura chegar você precisará ter o dinheiro para quitá-la integralmente.
Quando for ao supermercado e efetuar o pagamento com o cartão de crédito, lembre-se de considerar em seu controle financeiro pessoal aquela despesa como supermercado ou alimentação. É importante manter um controle sobre o valor do cartão, mas considerá-lo como uma despesa em si é um erro muito comum e que compromete o ajuste do padrão de vida.
Quem já está no vermelho, com muitas dívidas e vive no desespero, sem saber o que fazer, precisa primeiro manter a calma e então arregaçar as mangas e trabalhar com inteligência para vencer essa dura batalha. Não adianta fugir do problema, mas encará-lo com garra e determinação.
Quem convive com dívidas muito altas deve estar ciente e disposto a cortar da carne para resolver a situação. Insisto novamente que é preciso firmeza e convicção, por exemplo, para se desfazer de um bem, reduzir drasticamente o padrão de vida da família, vender ou trocar o carro e eliminar gastos que não sejam indispensáveis no momento de vacas magras.
No final das contas, além de calcular e planejar tudo muito bem, é muito importante aprender a lição: endividamento não rima com crescimento, nem liberdade. Saber até onde o crédito pode levá-lo e quais suas consequências é essencial para tomar decisões melhores.