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Sintergs pede prisão do governador Eduardo Leite

25/07/2019 - 19h52min

Atualizada em 26/07/2019 - 08h42min

O Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs) entrou com um recurso, na quinta-feira, 25, junto ao órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJRS), requerindo a prisão do governador Eduardo Leite pelo descumprimento da decisão judicial que determina o pagamento em dia de servidores de nível superior do Poder Executivo e das autarquias, até o último dia útil do mês trabalhado. O pedido decorre de atrasos sucessivos no pagamento da folha, o que contraria acórdão estabelecido pelo TJRS em agosto de 2015. A medida contempla cerca de oito mil servidores ativos e inativos, filiados ao sindicato.

Os vencimentos de junho ainda não foram quitados pelo Executivo. A previsão é que o saldo remanescente só seja liquidado em 12 de agosto, mais de 40 dias após a determinação constitucional. Na ação, o Sintergs pleiteia que o mandado de segurança seja imediatamente cumprido pelo governo estadual ou que, em caso negativo, seja caracterizado crime de responsabilidade do governador em função da falta de pagamento, que prevê prisão de 15 dias a seis meses, conforme o Código Penal, além de multa diária ao Executivo enquanto perdurar o atraso.

O Sintergs sustenta que o TJRS reconheceu o direito “líquido e certo” dos servidores de receberem os salários em dia e de forma integral e que “o pagamento parcelado ou atrasado das remunerações dos servidores consiste em violação ao disposto na Constituição Estadual”. Não há prazo para o TJRS distribuir a ação, mas a expectativa do departamento jurídico do Sintergs é de que, na semana que vem, a petição já comece a ser analisada pelo Órgão Especial.

Fonte: J.Comércio

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