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Governo do Estado recua e projeta volta às aulas para primeira metade de setembro

26/08/2020 - 07h33min

Atualizada em 26/08/2020 - 08h50min

Rio Grande do Sul – O governo do Estado desistiu, na terça-feira, 25, da sua proposta inicial de volta às aulas presenciais a partir de 31 de agosto. O recuo do Piratini ocorre após 94,6% dos prefeitos rejeitarem a ideia, conforme pesquisa da Famurs.

A decisão de construir um novo calendário foi anunciada pelo governo a prefeitos, durante reunião com representantes de associações de municípios, na terça. O novo cronograma será construído exclusivamente pelo governo do Estado e, segundo o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles, deve prever a retomada de aulas presenciais ainda na primeira quinzena de setembro.

– Não será no dia 31. Será decidido pelo Gabinete de Crise e informado pelo próprio governador. Acreditamos que seja ainda no mês de setembro, na primeira quinzena – disse Meirelles, acrescentando que a decisão deve ser tomada e anunciada na quinta-feira, 27.

Segundo Meirelles, o governo segue trabalhando com a mesma ordem de retorno das etapas de ensino. Com isso, voltaria primeiro a Educação Infantil, seguida pelo Ensino Superior, Ensino Médio/Técnico e, por último, Ensino Fundamental.

O governo mantém a ideia de permitir a retomada presencial apenas para municípios que estejam em regiões classificadas com as bandeiras amarela e laranja. Para as atividades de educação, não será autorizada a flexibilização de bandeiras e protocolos.

– Serão critérios e protocolos únicos para o Estado inteiro. Lembrando que de maneira democrática o Estado vai facultar ao gestor municipal o início das aulas (presenciais). O modelo apresentado pelo Estado também faculta aos pais a decisão de levar os filhos à escola – acrescentou.

O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Maneco Hassen, diz que o importante para a entidade não é a definição de data, mas que as aulas retornem apenas quando houver uma queda consistente de casos e óbitos por covid-19.

– Para nós, mais importante do que a data é termos condição de segurança. Na nossa opinião, isso só vai se dar quando a gente tiver uma curva descendente dos casos. Queremos queda significativa e consistente (da curva). O nosso problema não é de data, é de segurança – avalia o presidente da Famurs.

Hassen também afirmou que a entidade segue disposta a dialogar, mas que o governo do Estado indicou que a decisão será tomada unilateralmente, nos próximos dias.

– Nós temos a nossa disposição para dialogar e construir uma nova data. O secretário (estadual Agostinho Meirelles) disse que, a princípio, o governo do Estado vai tomar essa decisão individualmente. Obviamente o governador tem toda a legitimidade para isso, tomar a decisão sozinho – finalizou.

* Com informações de Gaucha ZH.

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