As turmas seriam divididas pela metade e cada grupo se revezaria em sala de aula a cada semana ou intervalo de dias definido pela escola. A lotação seria, portanto, de no máximo 50% da sala de aula, com distanciamento entre as cadeiras. Quem ficar em casa nos dias de período remoto receberá atividades para realizar à distância, enquanto os colegas estão na escola. Em seguida, a turma inverte: quem estudava de casa irá para a escola e quem estava na aula presencial fica no remoto.
A presença seria exigida para todos, exceto estudantes e professores que fazem parte dos grupos de risco para a covid-19. No ano passado, pais podiam optar, mesmo com filhos saudáveis, se levariam eles à escola ou se os manteriam no ensino 100% remoto. Na rede estadual, as aulas em formato presencial voltam, em formado híbrido, em 8 de março para estudantes do 1º ao 5º ano, 11 de março para 6º ao 9º ano e em 15 de março para Ensino Médio e Técnico.
Os protocolos sanitários atuais serão mantidos, como distanciamento de 1,5 metro entre as mesas, lotação das salas de aula de até metade da turma, aferição da temperatura na entrada e oferta de álcool gel. As normas são balizadas pelos conselhos Nacional e Estadual de Educação, entidades independentes que norteiam governos na adoção de políticas públicas.
A decisão não caberá à Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas ao Gabinete de Crise, composto por membros de várias pastas.
Em entrevista a GZH na manhã desta terça-feira (2), o secretário de Educação do Rio Grande do Sul, Faisal Karam, afirma que a presença dos estudantes neste ano é fundamental para recuperar o conteúdo não aprendido em 2020. Ele ressaltou que o Brasil é o país onde as aulas presenciais foram suspensas por mais tempo e que o ensino 100% remoto, apesar de atenuar prejuízos, ainda assim traz problemas na aprendizagem.
Karam cita que, no Estado, cerca de 25% dos estudantes têm dificuldade no ensino a distância e que o governo está preocupado com uma possível geração perdida na educação por conta da pandemia, o que implicaria prejuízos para emprego, renda e desenvolvimento. Pesquisas indicam que o nível de estudo está diretamente relacionado com o salário de um cidadão.
* Com informações de Gaucha ZH.