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Pais e professores protestam em frente ao Piratini contra o retorno das aulas

19/08/2020 - 15h51min

Atualizada em 19/08/2020 - 16h59min

Professores da rede estadual e pais de alunos realizaram um protesto contra a volta às aulas presenciais na manhã desta quarta-feira, 19, em frente ao Palácio Piratini. A manifestação contou com 40 participantes, em razão das medidas restritivas impostas pela pandemia, além de com um telão que reproduziu depoimentos de pais e professores contrários à retomada.

O governo do Estado propõe a volta gradual e escalonada das aulas a partir de 31 de agosto nas redes pública e privada. De acordo com Helenir Aguiar Schürer presidente do Cpers/Sindicato, o retorno seria de grande risco, em razão das instituições não estarem preparadas para o enfrentamento da doença.

“Estamos alertando que, se abrir sem estarmos numa curva descente da pandemia no Rio Grande do Sul, podem ocorrer muitas mortes. Não temos profissionais para a higienização necessária e nem estrutura para receber os alunos. A data para voltar é quando tiver a vacina”, pontuou.

Os manifestantes penduraram faixas em frente ao palácio com o lema “escolas fechadas, vidas preservadas”. Pela sugestão apresentada pelo governo, o primeiro nível a voltar seria a Educação Infantil, em 31 de agosto. O Ensino Superior retornaria em 14 de setembro, o Médio e o Técnico, em 21 de setembro, os anos finais do Ensino Fundamental, em 28 de setembro, e os anos iniciais, em 8 de outubro. Pela proposta do Estado, somente nas regiões que estiverem em bandeira amarela e laranja pode haver retomada de aulas com os alunos.

Após o ato, cruzes de cor preta foram amarradas em um gradil do outro lado da rua do Palácio Piratini. O Cpers realizou uma pesquisa com professores, funcionários, pais e alunos em 253 cidades do Estado. Entre os dias 27 de julho e 12 de agosto, foram ouvidas 3 mil pessoas que contemplam 730 escolas. 86% dos entrevistados disseram que não é possível retomar as aulas sem vacina. Apenas 6% responderam que é possível e os demais afirmaram não saber.

Ainda conforme a pesquisa, 84% dos pais disseram que não mandariam os filhos à escola antes da disponibilização de uma vacina — apenas 5% levariam e 11% não opinaram.

Créd. Correio do Povo

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