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Permissionários vão pagar R$1,5 milhão para obra no Mercado Público

07/05/2018 - 15h17min

Quase cinco anos após o incêndio que atingiu o Mercado Público de Porto Alegre, um acordo pode permitir a reabertura do segundo andar do prédio, interditado desde julho de 2013. Os próprios permissionários decidiram pagar do próprio bolso a execução das obras previstas no Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). O custo é de cerca de R$ 1,5 milhão.

As adequações exigidas pelos bombeiros seriam uma obrigação da prefeitura. Em crise, a administração municipal alegou não ter dinheiro para bancar os reparos. Foi quando a Associação do Comércio do Mercado Público resolveu assumir a reforma.

A proposta foi apresentada ainda no ano passado, mas o acordo foi firmado na última sexta-feira (4), com aval do Ministério Público.

A reforma da parte danificada pelas chamas terminou no ano passado, mas a prefeitura não fez o que era preciso para cumprir as normas da lei que estabelece as regras de prevenção e proteção contra incêndio. Ainda é necessário adequar as escadas rolantes, instalar duas escadas de metal e também um reservatório de água.

A partir de agora, será escolhida uma das três empresas pré-selecionadas pelos comerciantes para o trabalho. A expectativa é que a obra comece em junho. A partir da data de início, a construtora terá de 12 a 18 meses para concluir a reforma.

O valor de R$ 1,5 milhão das obras deverá ser pago pelos permissionários por meio de uma linha de crédito aprovada junto ao Banrisul. “Vai ter juros, mas será uma taxa mais simpática, eu diria. Valeu a pena”, conclui Adriana.

Era 20h30 de sábado, dia 6 de julho de 2013, quando o Largo Glênio Peres, no Centro da cidade, foi tomado por fumaça negra. O Mercado Público estava em chamas.

O incêndio que começou com uma fritadeira elétrica, no segundo andar do prédio, levou quatro horas para ser controlado pelo Corpo de Bombeiros. Além de prejuízos materiais, não houve feridos.

O primeiro andar foi reaberto 38 dias depois do acidente, graças a uma força-tarefa empenhada por permissionários, integrantes da associação de comerciantes do Mercado Público.

Desde então, o segundo piso está isolado. Os donos dos restaurantes que funcionavam ali passaram a ocupar um espaço provisório em um quadrante antes usado para exposições, no térreo. A maioria se queixa de prejuízo em função do espaço pequeno e precário para atendimento aos clientes.

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