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PF e MP se posicionam sobre episódio do Carrefour e empresa de segurança pode ser punida

20/11/2020 - 14h25min

Atualizada em 20/11/2020 - 14h35min

João Alberto Silveira Freitas perdeu a vida após ser espancado por seguranças no Carrefour de Porto Alegre

Dois dos principais órgãos de segurança de Justiça do Estado se pronunciaram nesta sexta-feira, 20, referente aos fatos ocorridos na noite de ontem no Hipermercado Carrefour de Porto Alegre, quando um homem foi espancado até a morte por seguranças do estabelecimento. João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos e morador do IAPI, foi a óbito após se desentender com uma operadora de caixa, que acionou a equipe para conter o cliente. Ele foi escoltado para o estacionamento do mercado, localizado no Passo D´Areia, onde o crime aconteceu.

A comunicação social da Polícia Federal do Rio Grande do Sul emitiu nota comentando os fatos, destacando a atividade de fiscalização de empresas de segurança privada. No comunicado, a PF cita que “a empresa de segurança citada em matérias jornalísticas possui cadastro regular na Polícia Federal e foi fiscalizada em 28 de agosto de 2020 (fiscalização anual ordinária), não tendo sido identificadas irregularidades em seu funcionamento”.

A PF também reitera que um dos homens envolvidos nas agressões é vigilante profissional, com Carteira Nacional de Vigilante (autorizado a abordagem ativa de contenção), porém, não há registro na Polícia Federal de seu vínculo profissional com a empresa contratante.

Dados os fatos, a Carteira Nacional de Vigilante, documento expedido pela Polícia Federal, será suspensa. O segundo envolvido na ação, não possui o documento. “Em virtude do episódio, será feita fiscalização extraordinária na empresa pela Polícia Federal. Caso confirmadas as irregularidades, a Polícia Federal poderá autuar e empresa e suspender a autorização de funcionamento”, finaliza.

MP monitora situação

Já o Ministério Público gaúcho pede rapidez na apuração dos fatos através das investigações, para levar o caso para a Justiça. “Acompanharemos com atenção a apuração dos fatos relacionados à morte. O MPRS reitera que todas as medidas necessárias para o esclarecimento das circunstâncias serão tomadas na tarefa de prontamente levar o caso à Justiça para a responsabilização dos agressores”, cita nota.

Para a tarde de hoje, uma manifestação encaminhada através de redes sociais por meio de movimentos sociais, está marcada para acontecer nas Avenidas Assis Brasil e Plínio Brasil Milano.

O Carrefour lançou um comunicado, horas depois dos eventos, repudiando a agressividade dos envolvidos, citando que todos foram desligados do quadro funcional da empresa. Também indicou que dará todo suporte para a família de Nego Beto, como era conhecido João Alberto Silveira Freitas. O Carrefour do Passo D´Areia está com portas fechadas hoje e não há previsão de retorno das atividades.

 

 

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