Notícias
Projeto Hunsrik-Plat Taytx completa 16 anos em Santa Maria do Herval
Herval – Há 16 anos o Projeto Hunsrik realiza um trabalho ininterrupto para a manutenção e fortalecimento da Língua Hunsrik – Plat Tayxt. De acordo com a professora Solange Hamester Johann, coordenadora do projeto Hunsrik-Plat Taytx, esse idioma germânico é falado por aproximadamente 3 milhões de pessoas no Brasil, sendo a segunda língua mais falada no país. Durante esses anos foram muitas atividades realizadas pelo projeto e isso é fundamental para a preservação do dialeto.
O trabalho em Herval começou no dia 4 de fevereiro de 2004, quando a Professora Dra. Úrsula Wiesemann, da Sociedade Internacional de Linguística-SIL, chegou ao município para morar e começar o trabalho científico de “resgate”. Ela permaneceu até junho de 2008, quando o projeto passou a ser coordenado pela professora Solange Hamester Johann. Solange conta que no início reuniram 40 pessoas do município, de todas as idades, e começaram a catalogar o dialeto Hunsrik. Depois de 16 anos e muito trabalho, hoje, o material produzido está se tornando referência na literatura.
Santa Maria do Herval abre inscrições para eleição de conselheiro tutelar
Língua Materna
Também no mês de fevereiro, no dia 21, foi celebrado o Dia Internacional da Língua Materna. A promoção e difusão das “línguas maternas” não só estimulam a diversidade linguística e a educação multilíngue, como contribuem também para desenvolver uma maior consciência das tradições linguísticas e culturais do mundo e serve para fomentar a solidariedade entre os povos baseada no entendimento, na tolerância e no diálogo.
Preservando o Hunsrück: autor de livro sobre a língua visita Herval
Com o objetivo de preservar e revitalizar esse componente essencial do patrimônio imaterial da humanidade, durante muitos anos a UNESCO tem se envolvido ativamente na defesa da diversidade linguística e na promoção da educação multilíngue. Ela apoia as políticas linguísticas, em especial em países multilíngues, as quais promovem línguas maternas e indígenas. A Organização recomenda o uso dessas línguas desde os primeiros anos da educação escolar, porque as crianças aprendem melhor em sua língua materna. A cada duas semanas, desaparece uma das línguas que existem no mundo – 7.000, segundo o Ethnologue, órgão que as cataloga, e com ela se vai parte da nossa história humana e do nosso patrimônio cultural.