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Que ajuda podem buscar vítimas de violência doméstica em Nova Petrópolis

18/02/2020 - 10h46min

Atualizada em 18/02/2020 - 13h10min

Nova Petrópolis – Criar uma rede de proteção. Esta é a principal recomendação a ser tomada por mulheres que sofrem algum tipo de violência doméstica. Em janeiro, o município teve mais um caso de feminicídio, fato que chocou a comunidade, visto que o agressor não vinha representando ameaça para a vítima após ela ter denunciado à polícia. Outro fato que chamou a atenção, é que Rosane Marlise Birk Groth, de 37 anos, tinha uma medida protetiva contra seu ex-marido, Dirceu Miguel Groth, de 35 anos, mas nem isso foi o suficiente para evitar que o pior acontecesse.

O Delegado da Polícia Civil de Nova Petrópolis, Camilo Pereira, disse que a medida protetiva não consegue abarcar qualquer hipótese e que é muito difícil prever atentados contra a vida. “Até mesmo comigo, se alguém quiser atentar contra a minha vida, vai ser muito difícil eu escapar, porque não tem como fazer monitoramento 24h, eles atacam de surpresa”, comentou.

Medidas protetivas

De acordo com o Delegado, em 2019 foram encaminhadas cerca de 60 medidas protetivas em Nova Petrópolis, e que, em geral, elas são respeitadas. Inclusive neste caso, Dirceu vinha mantendo distância e quando pegava o filho, buscava a criança com os avós. “Esse é um fato novo de descumprimento de medida protetiva”, afirmou.

A psicológica e secretária de Saúde e Assistência Social, Claudia Silvane Pires, disse que tanto no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), quanto no CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), fazem atendimento às vítimas e aos agressores, mas esses casos precisam chegar aos centros. “Nesse caso, mesmo que ela tivesse medida protetiva, a gente não tem como saber se ninguém vem avisar”, disse.

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